sexta-feira, 19 de novembro de 2010

As Tecnologias da Informação e Comunicação como Contribuição nos Processos Educativos
Alexander Santos Clemente, Amanda Barreto Reis, Ana Beatriz Ferreira Vitoreti, Eduardo Henrique, Maria Cecília Fernandes, Mariane Satomi Weber Murase, Mayara Rodrigues Lessa, Saimon Moraes Silva
novembro de 2010
Muito se tem discutido sobre as potencialidades em torno das Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC e suas aplicações na educação. As TICs mostram-se como ferramenta extremamente útil para o desenvolvimento da educação, tanto para promover as mudanças que se fazem necessárias como para diminuir a desigualdade social promovendo a inclusão digital, mas principalmente quando se fala sobre o uso das mais diversas tecnologias existentes nos diversos segmentos sociais e profissionais, o que não vem ocorrendo, de forma satisfatória e significativa, no âmbito educacional.
Com a era da cibercultura a educação não pode estar alheia a este grande desenvolvimento tecnológico. O ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que ampliam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas: memória, imaginação, percepções, raciocínios, etc..
As mídias digitais prometem (e podem possibilitar) mudanças significativas nas práticas educacionais. A informática educativa está cada vez mais ao alcance dos alunos e dos professores, o que torna as aulas diferentes e interessantes, possibilitando inserir a educação de nossos alunos na cibercultura. Abrem-se, assim, novos processos de aprendizagem que oferecem possibilidades de renovar ou mesmo romper com a práxis do modelo tradicional da educação. Com isso, o aprendizado se torna mais fácil e motivador, promovendo o objetivo de tornar o aluno capaz de buscar mais informações e saber usá-las para uma melhor construção do conhecimento.
Diversas são a ferramentas encontradas hoje em nossa interconexão-mundial de computadores. Estas ferramentas quando usadas de maneira ética e adequada nos auxiliam, tornando o processo de ensino-aprendizagem mais interativo e mais flexível, onde os educandos podem participar de forma ativa deste processo.
Pode-se usar as bibliotecas virtuais para as pesquisas, que são mais prazerosas por possibilitar o fácil encontro dos temas a serem pesquisados, criar salas de conversas virtuais que possibilitam a troca imediata entre escolas equipadas com laboratórios de informática ou mesmo com outros estudantes que possuem computadores em suas casas. Uma viagem online pode ter como destino um museu, uma universidade ou uma galeria em qualquer lugar do mundo.
A utilização de Blogs e Fóruns é muito válida no que diz respeito às novas tecnologias da educação. Um blog torna-se uma ferramenta que horizontaliza o processo de ensino-aprendizagem já que coloca professores e alunos no mesmo patamar, com o poder de publicar suas ideias e de contestar e questionar as outras publicações.
Outra tecnologia presente hoje na cibercultura é o Twitter, que é um nanoblog onde as pessoas expressam sentimentos cotidianos, para dizer e comentar para outras pessoas o que estão fazendo, comendo, lendo e divulgarem suas opiniões acerca de diversos assuntos. O twitter pode ser uma ótima ferramenta para a educação, já que limita os comentários a apenas 140 caracteres e pode gerar comentários mais breves e diretos, podendo ser utilizado como fórum para discussões sobre assuntos, como quadro de recados, ou como forma de comunicação entre professores e alunos quando não estiverem em sala de aula.
Os vídeos tem sido cada vez mais utilizados em instituições de ensino, tanto nas aulas presenciais, como, principalmente, nas de educação a distância. O Tele-Curso, que já utilizava a televisão como recurso para promover as aulas, usa o Youtube como uma nova ferramenta para ministrar suas vídeo-aulas. Com a utilização desse novo recurso, as aulas ganharam mais versatilidade e adeptos. Além de tudo, a internet, onde estão disponíveis os vídeos, tem maior abrangência do que a televisão, que tem horários fixos de exibição. Este site ainda nos permite que tanto professores, quanto alunos, produzam vídeos, como uma atividade de criação, os quais também podem ser utilizados para registrar o progresso de alunos e para a avaliação do trabalho do professor, para que este possa refletir continuamente sobre sua prática pedagógica.
É interessante que sejam utilizados mais de um método tecnológico para intervir na educação e que se saiba como interagir e convergir várias dessas ferramentas, como, por exemplo, construir um texto a partir de um vídeo ou de uma discussão no twitter e postar em um blog da turma. É preciso que o educador esteja preparado para lidar com as novas tecnologias, já que a cada dia fica mais difícil evitá-las. Estamos em um novo mundo, em um novo momento, com novas ferramentas muito úteis e devemos aproveitá-las da melhor forma possível. Faz-se necessário aceitar as inovações, estudá-las, conhecê-las e utilizá-las a nosso favor, fazendo das aulas algo mais do que a simples transmissão e recepção de informações, o que tem sido para os alunos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Alienigenas na Sala de Aula - Fragmentos

Fragmentos do Artigo “Alienígenas em Sala de Aula” (GREEN, Bill. BIGUM, Chris.)

Por Eduardo Henrique

Alienígenas na Sala de Aula

Os autores demonstram preocupação com as taxas de repetência no ensino médio, com a expansão da chamada cultura de mídia e a questão do “declínio” da vida contemporânea, elementos que indicam a emergência de uma nova geração.

O texto faz uma análise de uma pesquisa realizada na Austrália sobre a relação entre experiência estudantil e a cultura da informação, tendo como referência o ensino médio e a política de retenção escolar.

Faz-se necessário compreender a emergência de um novo tipo de estudante com novas necessidades e novas capacidades, teorizar a juventude contemporânea como um fenômeno de impressionante complexidade e contradição (juventude, cultura de mídia e pós-modernismo).

A construção social e discursiva da juventude envolve um complexo de forças que não se limitam à escola, o que não tem sido considerado por educadores, professores e responsáveis pelas políticas. Segundo os autores, é preciso pensar formas diferentes sobre as questões que envolvem pesquisas educacionais. Eles abordam o estudante-sujeito pós-moderno no contexto amplo de currículo do ensino médio, considerando a realidade escolar e a cultura fora desse contexto.

“Contexto socializador crítico”, a mídia como centro da (re)produção de identidades e cultura estudantil; Pedagogias exteriores ao processo de escolarização; e desvinculação entre currículo e escolarização – fatores que demonstram a importância de perspectivas teóricas mais amplas;

Existem limitações de grande parte das pesquisas educacionais que demonstram o evidente interesse na manutenção das formas educacionais tradicionais, submetendo as mudanças radicais a um processo de normalização;

A convergência entre teoria social e ficção científica, assinado por diversos autores, justificam a utilização do conceito “currículo cyborg” utilizado pelos autores desse texto;

(In) Formando a nação alienígena

Os autores argumentam que os estudantes podem estar vendo os educadores como alienígenas e os educadores vêm os estudantes como tal. Os pais e as mães também têm visto os estudantes dessa forma.

Vivemos um pânico moral causado pelo suposto desvio da juventude contemporânea. Desvio representado e construído como uma questão de deficiência, incompletude e inadequação. As incertezas e a falta de perspectiva na passagem da juventude para a fase adulta, fazem com que os jovens se tornem alienígenas que não irão embora, mas que ficarão e assumirão o comando. Devemos ter muita clareza sobre isso, sobre o que devemos esperar e sobre o que devemos fazer...

No filme “E.T.”, de Spilberg, uma cena que se passa em um laboratório de ciências em que o professor só é mostrado da cintura para baixo, chama a atenção dos autores do artigo. Eles questionam sobre quem é o alienígena na sala de aula e concluem que talvez sejam os adultos, visto que o “futuro pertence aos jovens”.

As gerações se sucedem, as mudanças sempre ocorreram, no entanto, a pós-modernidade transmite a todos muita incerteza, inclusive aos próprios jovens. As transformações são ainda mais constantes e muito intensas.

Vivemos numa “subjetividade pós-moderna”, onde a formação de identidade nova é provocada pelo nexo entre a cultura juvenil e a mídia. De acordo com os autores, o currículo se desvincula da escola na pós-modernidade, existe uma necessidade de reconceitualizar o currículo e a escola da condição moderna para pós-moderna. A “escolarização pós-compulsória” é uma fase intermediária e um espaço de transição, de ambivalência em tempos de mudança e problemático nexo tradicional entre emprego e economia;

Destaque para a importância do papel da cultura da mídia no mundo dos jovens, e a relação entre essa cultura e a escolarização, tentando compreender o fenômeno e as questões político-curriculares tendo como referência a pós-modernidade (“pós-modernismo cultural” e construção social);

Temos uma importante ruptura geracional e cultural caracterizada pelos jovens menores de 16 anos que sentem os efeitos e condições do pós-modernismo. Vivem e sentem as transformações na vida social contemporânea e a emergência de uma “novo mundo” (Datar, 1984, apud GREEN; BIGUM, 1995).

Na visão dos autores, o pós-moderno (citando Hayles) é a noção de desnaturalização da linguagem, do tempo, do contexto e do humano, o pós-moderno antecipa e implica o pós-humano, o Cyborg Humano, criatura de realidade social e de ficção;

É importante avaliar o nexo entre a cultura da mídia e a escolarização pós-moderna e os movimentos em direção à informatização e a tecnologização do currículo. Devemos avaliar o que já está ocorrendo em nossas salas de aula, os “alienígenas” já estão esperando por instruções sobre como herdará a terra. O “currículo Cyborg” já faz parte do processo de ensino e aprendizagem;

Pânico escolar e cultural popular: Conectando tecnologias

As discussões e controvérsias sobre juventude, cultura popular e meios eletrônicos de massa devem ser constantes. A ofensiva cultural em diversos países, entre eles a Austrália, é determinada em favor da elite.

Os autores citam uma reportagem de 1991 (“Escolas geram viciados em cultura popular”) que critica uma suposta geração viciada em televisão, vídeo e jogos de computadores, a possibilidade de gerar adultos sem sentido de história. “Retórica familiar, geração perdida e patologia da cultura popular”, a matéria resultou em editorial (“Caminhando para uma país ignorante”) no dia seguinte, reativando o “debate sobre o alfabetismo” e sobre o discurso da crise educacional.

Estudo que determina como sintomático da cultura pós-moderna não só a mudança cultural da literária para a popular, mas a cultura impressa para a cultura visual. Os autores caracterizam essa mudança como sendo a virada pós-moderna citada anteriormente no texto.

Dator (1989), citado no texto, é um autor que faz observações sobre as diferenças entre a cultura juvenil e a cultura dos mais velhos (“os alfabetizados na mídia versus os alfabetizados no impresso”); A necessidade de novas compreensões da relação entre tecnologias e pedagogias, escolarização e cultura da mídia. Formas cambiantes de currículo e alfabetismo, novas relações entre textualidade e subjetividade e novas efetivações da racionalidade e da cognição, novas forma de ver as colocações anteriores. A importância de relacionar a chamada “Tecnocultura” como os processos citados, a importância da “cultura Tecno-popular” como ambiente natural dos jovens.

As visões pessimistas precisam ser revistas, os discursos conservadores e contra o futuro de diversos autores. Atenção e tensão da união entre cultura popular e a tecnocultura (a cultura tecno-popular). A cultura da mídia produz nova formas de vida, escolarizar o futuro é ensinar com a diferença segundo Hayles (1990).

Existe uma proliferação do pânico moral entorno da escola, dos jovens e da mídia popular e o predomínio da tese de deficiência. Precisamos compreender que as deficiências são diferenças, reconhecer que as coisas mudaram, há novas formas de vida.

Tecnonatureza, mundos virtuais e Cyborgs: O sujeito da “IT”

A interação com a tecnologia é uma forma de nossa produção-de-sujeito. O Cyborg como fronteiras transgredidas tornando-se conceito máximo da pós-modernidade - o texto limita-se a uma forma específica de subjetividade moderna e suas codificações psico-simbólicas;

Fazem um jogo de palavras com a sigla IT (“it” e “id”) buscando compreender a complexa relação entre humanos e máquinas alienígenas e IT. O dualismo mente/corpo e a própria noção de mente, ciência e sujeito de conhecimento como Mente e a Tecnologia como (in)animado e necessário outro como corpo.

Com a tecnologização da natureza e a naturalização da tecnologia, faz-se necessário novos entendimentos sobre as associações dos homens com as tecnologias; “Cyborg” ou “Alienígena” são termos que auxiliam no entendimento das complexas interações no contexto de uma ecologia digital. Preferimos não notar as coisas não-familiares dentro da ecologia digital emergente, nos apegamos a categorias confortadoras e a memória de um mundo mais previsível e com menos incertezas.

Diante dos perturbadores olhares das crianças, “ampliadas” pelas novas tecnologias, percebemos as dificuldades da partilha dos muitos espaços ou mundos virtuais que os jovens habitam nesse eco-sistema digital;

Novos Ecoespaços

Nunca tivemos que lhe dar com tecnologias que operam à velocidade das novas tecnologias da informação. Vivemos em um espaço-velocidade. O texto e o contexto tornaram-se intercambiáveis e qualquer texto pode ser localizado em qualquer contexto. O “ciberspaço”, espaço vetorial através do qual milhões de computadores estão interconectados, imensas quantidades de informação são injetadas e mantidas.

A conexão do humano com o ciberspaço, interação contínua entre seu sistema nervoso e o circuito do computador, a fronteira de tempo entre máquina e organismo se confundem e consequentemente não se sabe o que é “texto” e que é “contexto”.

Só participamos do processo daquilo que é transmitido com o auxílio de outros recursos tecnológicos. As escolas têm se construído sempre em “refúgios” da mídia eletrônica. As escolas deverão ser reconstruídas para atender às necessidades da presença adequada de computadores para suprir o que é realizado nas casas, mas até o momento têm sido bem sucedidas na tarefa de “escolarizar” as novas tecnologias de informação. Numa visão radical as escolas tenderão a participar cada vez menos da ecologia digital externa, podendo ser extinta.

Novas espécies

Já identificamos de forma ampla e sistemática a hibridação entre humanos e máquinas, também formas extremas e desviantes de ligação entre humanos e máquinas. Há um aumento constante de difusão das novas tecnologias e elas estão cada vez mais presentes em nós e em nossos usos diários.

Enquanto nós nos adaptamos à ecologia digital que se desenvolveu ao nosso redor, os jovens nasceram nela, é para eles um ambiente natural. É equivocado considerar os “jovens cyborgs” como mais uma nova geração não se pode ignorar a natureza específica da tecnologia e sua velocidade e características geracionais. Os produtos de alta tecnologia também são caracterizados em termos de geração e a velocidade é determinante nesse sentido.

A união entre a máquina e o humano torna-se cada vez mais natural. Nossa experiência de vivência e acomodação em relação às mudanças que ocorreram não é comparável com as dos jovens que a cada geração vivenciam uma “Tecno-natureza” única.

Os “alienígenas” são produzidos por humanos que ocupam posições de influência e poder, tanto comercial quanto culturalmente.

Cada geração cyborg está associada com as características de velocidade do ecossistema digital no qual ele nasceu. Virilio evoca o termo “picnolepsia” para descrever o que ele chama de “tempo perdido”, picnolepsia é um fenômeno de massa, um estado paradoxal de vigília que complementa o estado paradoxal de sono.

As diferenças entre jovens cyborgs e cyborgs mais velhos são determinadas pelos contextos espaço-temporais tecnologicamente capacitados e reforçados A tecnologia que sustenta a velocidade-espaço começou a fazer cópias da velocidade-espaço para os humanos. Já vivemos, numa certo sentido, a realidade virtual por algum tempo, para os jovens cyborgs tudo pode ser simplesmente um espaço virtual inclusive a escola;

Conclusão

O que o texto chama de “Alienígenas” como uma nova forma de vida, representam um desafio, assim como a alienação dos jovens. Fazem parte de uma estrutura pós-moderna de sentimento exige dos professores novas formas de compreensão, novos recursos e um sentimento de humildade e reconhecimento da inevitabilidade da diferenças. Inevitável complexidade de se viver em novos tempos.

As escolas podem se tornar locais como mundos próprios onde “cuborgs geracionais” trocam possibilidades na tecno-realidade, mas é preciso reconstruir esses mundos juntamente com as novas gerações.


Referência

GREEN, Bill; BIGUM, Chris. Alienígenas na sala de aula. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. (org.) Alienígenas na sala de aula: Uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. (Coleção estudos culturais em educação)

sábado, 25 de setembro de 2010

Interdisciplinaridade e TICs na Educação Básica: possibilidades (!?)

Desafios e oportunidades são características na Educação contemporânea, deve-se superar quanto ao que vem sendo realizado, e o conhecimento, como matéria prima da Educação, é elemento chave para nosso desenvolvimento. As tecnologias de informação e comunicação (TICs) avançam em nossa realidade e a Educação torna-se elemento central para apreciação e desenvolvimento a partir dessas mudanças. A Educação deve estar articulada com dinâmicas mais amplas que extrapolam a sala de aula.

As novas tecnologias estão impactando todo o universo social e gerando novas dinâmicas. Segundo Dowbour (2001), o conhecimento deixou de ser uma matéria para se tornar um “fluido” de maleabilidade ilimitado. Podemos receber informações retransmitidas por satélites, encaminhados por cabo ótico ou fio de telefone – imagens, símbolos e sons. Os avanços na velocidade e capacidade das novas tecnologias fazem com que todos possam ter acesso a tudo (ou quase tudo). Temos uma imensa rede de comunicação científica e cultural, uma conectividade universal jamais prevista nas suas dimensões.

Mudam as tecnologias, mas também muda o mundo que devemos estudar, e precisam mudar as próprias formas de ensino. Precisamos traçar caminhos próprios para entrar nesse universo da modernidade cibernética, pois os problemas e dificuldades em relação à Educação no Brasil são enormes, mas não devemos acreditar que se trata somente de mais investimento e tecnologia. É necessário repensar de forma mais dinâmica e com novos enfoques a questão do universo de conhecimentos a trabalhar.

Não podemos mais buscar soluções isoladamente na Educação ou em diferentes espaços culturais, é a dimensão do conhecimento, nas suas mais diversas manifestações, que mudou de forma radical. Procedimentos e práticas dentro do contexto escolar devem estar coerentes com essas questões, e, assim como as novas tecnologias de informação e comunicação, a Interdisciplinaridade pode representar uma possibilidade efetiva para uma adequação a essa realidade.

Desde os anos de 1980, a questão da interdisciplinaridade tem estado muito presente nos debates educacionais, e, de certa forma, virou mais um modismo. No entanto, se considerarmos sua real aplicação e sentido mostra-se com potencial significativo e ainda pouco explorado para as demandas atuais e frente às abordagens acerca da necessidade de integração das áreas de conhecimento e o excesso de informações disponíveis pelas tecnologias.

De maneira geral, a interdisciplinaridade é uma abordagem que muito pode contribuir para que o processo de ensino-aprendizagem seja significativo e possa proporcionar uma educação global, integradora, crítica e transformadora. De acordo com Fazenda (2005), a interdisciplinaridade no ensino com vistas a novos questionamentos e buscas, supõe uma mudança de atitude no compreender e entender o conhecimento, uma troca em que todos saem ganhando: alunos, professores, a própria instituição e conseqüentemente a sociedade.

Tais revoluções trazem novas preocupações ao docente em exercício ou em formação. Preocupações estas voltadas para o efetivo exercício da cidadania responsável, bem como para a abertura à realidade de mudança e ao uso adequado de procedimentos significativos na prática de ensino-aprendizagem. Tal proposta implica em mudanças na cultura escolar e na formação de um novo professor, dotado de consciência local, planetária e coletiva.

Nossa realidade educacional apresenta uma dimensão antagônica tão expressiva que faz parecer quase inviável propostas de desenvolvimento pautadas nas concepções contemporâneas, tanto em relação aos aparatos tecnológicos como nos procedimentos e práticas pedagógicas mais coerentes com as transformações econômicas, sociais e culturais das últimas décadas. No entanto, através de pesquisas que possam investigar como o conhecimento está sendo trabalhado e construído dentro do espaço educacional, podemos ter contribuições imprescindíveis para ampliar a reflexão e gerar encaminhamentos que representem soluções às dificuldades relacionadas ao ensino.

sábado, 11 de setembro de 2010

As Tecnologias de Informação e Comunicação e a Educação

As mudanças sociais e culturais que vivemos de forma cada vez mais aceleradas e intensas, fazem com que as diversas áreas profissionais tenham que rever as dinâmicas e estruturas de funcionamento para que possam acompanhar, minimamente, e “sobreviver” às inevitáveis transformações.
Uma das causas principais para tantas novidades e rápidas mudanças, são as tecnologias da  informação e comunicação, também conhecidas como TICs. Parece impossível imaginar a sociedade atual sem os produtos provenientes dos avanços tecnológicos.  Os impactos que vêm provocando em nossas vidas são cada vez mais evidentes. E a Educação tem um papel fundamental na conscientização das pessoas sobre as consequências e possibilidades dessas ferramentas, assim como o aprimoramento em sua utilização.
A disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca a necessidade de uma reflexão intensa sobre que atitudes são pertinentes e viáveis para um melhor aproveitamento de tantos recursos.
Os estudantes, de diversas classes sociais e níveis culturais, se mostram atentos, curiosos e “conectados” com todas as mudanças e novidades tecnológicas. O que não vem acontecendo, pelo menos não com tanta intensidade, com os educadores. Os profissionais da educação apresentam sentimentos contraditórios e aflitivos em relação a essa questão. São sentimentos de expectativa pela chegada de novos recursos, de empolgação com as possibilidades que se abrem, de temor, de desconfiança ou mesmo de impotência por não saber utilizá-los ou por conhecê-los menos do que os próprios alunos.
Uma medida importante para mudar tal cenário de angústia e de descompasso, é procurar entender o que são as TICs, é saber quando e como usar as tecnologias na educação. Devemos ter claro que esses são assuntos que precisam ser enfrentados e tratados para que tenhamos práticas pedagógicos consonantes com uma realidade cada vez mais tecnológica, interconectada, repleta de diversidades e possibilidades promovidas pelos avanços científicos.
A partir desse movimento em busca de novos entendimentos, teremos grandes oportunidades para fazer com que a relação entre tecnologia e educação seja produtiva, significativa e pertinente. A tecnologia é fundamental no desenvolvimento de habilidades e competências para atuar na sociedade atual. A Educação e seus profissionais devem se comprometer na busca da integração e apropriação de ferramentas que possibilitem tal desenvolvimento pessoal e social.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sejam Bem Vindos!!!

Espero que esse espaço nos auxilie no Processo de Aprender sobre as possibilidades e necessidades de reconfiguração das práticas de Ensino-Aprendizagem nos diversos níveis da Educação.

Sejam Bem Vindos!!!